fevereiro 23, 2007

Salsa...




Temos um novo link no Saudades, em homenagem à Salseira aniversariante!


Parabéns, Priminha!

fevereiro 15, 2007

Pecados Íntimos


Não, não me vou confessar! “Pecados Íntimos” é um nome de um filme que, por sinal, me agradou bastante.

Ontem, Dia de S. Valentim, arrisquei tudo e resolvi ir ao cinema. Pensei que ia estar rodeada de parzinhos de namorados mas estava enganada. As poucas pessoas que lá estavam eram inofensivas para o frágil estado emocional de uma solteira em dia especial para os comprometidos! :D E, melhor ainda, uma amiga de quem gosto muito (não é graxa!) resolveu acompanhar-me o que tornou a ida ao cinema mais agradável ainda.

Ainda antes de comentar o filme gostava de explicar uma coisa: é suposto que quem assiste a um filme numa sala de cinema esteja caladinho!! E, se por acaso, tiverem uma necessidade urgente de falar, por favor utilizem um bocadinho o cérebro porque quem está ao lado não aguenta não soltar uma gargalhada! :D

Quanto ao filme, gostei!

É um filme sobre muita coisa. É um filme sobre gente com vidas insípidas e conversas fúteis. É um filme sobre os efeitos da inadaptação. É um filme sobre o problema dos distúrbios sexuais. É um filme sobre a descriminação que essas pessoas sofrem. É um filme sobre como essa descriminação pode ser, ou não, ultrapassada. É um filme sobre como podemos atormentar a mente dos nossos filhos com coisas que não aconteceram. É um filme sobre o amor. É um filme sobre o amor entre pais e filhos e entre homens e mulheres. É um filme sobre a família. É um filme sobre as escolhas que fazemos na nossa vida. É um filme sobre o inesperado que nos obriga a mudar as nossas escolhas. É um filme sobre o nosso inconsciente que nos leva a fazer coisas que vão alterar o rumo dos acontecimentos. É um filme sobre maturidade e imaturidade.

Só também ainda não percebi, Zeni, porque se chama o filme “Little Children”… :D Será porque, no fundo, aqueles adultos todos são como crianças imaturas?


fevereiro 14, 2007

Dia do Doente Coronário... ou será Dia dos Namorados? ;)

Hoje é Dia do Doente Coronário! :) Daí tantos corações espalhados pela cidade.

Eu sei, eu sei, se calhar é um bocado Humor Negro... mas espero que ninguém se ofenda!

Pessoal, vamos lá a tratar bem os nossos corações: comer em condições, fazer exercício e não fumar. Se não tomarmos conta de nós quem tomará? Quem tem problemas de coração terá que ter ainda extra cuidados e estes dias são para lembrar as duas coisas: remediar é urgente, prevenir é essencial!

E, já agora, e porque também faz bem ao coração: escrevam cartas a quem amam, escrevam cartas aos namorados e amigos porque Dia de S. Valentim não é só Dia dos Namorados (escrevi um dia uma coisa sobre isso, vou procurá-la...), comprem prendas e flores, escrevam e-mails e enviem SMS's, vão jantar fora com o namorado, com o amigo ou com a família! Aproveitem a vida e sejam felizes!

Vale para comprometidos, descomprometidos e assim assim's! :D

fevereiro 12, 2007

Esta frase, e a outra de Sophia que está inserida no post de ontem, são as duas faces de um monumento existente em Coimbra sobre o 25 de Abril: se há imagens que valem por mil palavras, há palavras que valem por mil imagens...

Modigliani, porque SIM


Sim


O Sim ganhou. Gostei de ver que a população portuguesa mudou a sua forma de pensar e está hoje preparada para uma mudança da sociedade. Não vale a pena abrir champagne e festejar porque, na realidade, melhor seria que nenhuma mulher precisasse de abortar mas é de facto uma vitória da liberdade de escolha em segurança e com acompanhamento.

E é a isso que agora todos nós devemos estar atentos. A discussão sim/não terminou e não vale a pena continuarem a esgrimir-se os mesmos argumentos. Mas o debate pode e deve continuar. A pergunta não era mentirosa, antes pelo contrário. Quem votou sim sabe exactamente naquilo que votou. Agora cabe a todos nós participarmos no debate mais alargado de como colocar essa lei em prática, quais os moldes em que ela deve ser aplicada. Cabe também a cada um de nós estar atento para que a lei se faça e, principalmente, seja cumprida.

A participação de todos é necessária. Como, aliás, a participação de todos no referendo também era e muitos não puseram lá os pés. Mas isso é assunto para outro post…

fevereiro 11, 2007

Mudanças abruptas...






O Saudades migrou para o Google... e alguns "contributors" migraram não sei para onde! Penso que têm de fazer migrar também as vossas contas para lá - façam-no, que eu e osousadaponte ficamos com muito mau aspecto sozinhos...



fevereiro 05, 2007

Um contributo extraordinário para o debate...

Se vocês querem um contributo de um jurista - que só vai votar para acabar com este tipo de debate falacioso e hipócrita por parte do sim e por parte do não, e continua a achar que a melhor clarificação deste debate foi a proporcionada pelos gatos fedorentos... (link infra) - dir-vos-ei:

O direito penal é aquele ramo do direito em que, historicamente, sempre mais se aproximam o "direito natural" e o direito positivo, isto é: onde as normas juridicas reflectem mais aproximadamente o sentir colectivo, o valor ou desvalor atribuídos pela comunidade, no seu conjunto, relativamente a determinadas condutas ou omissões.

Intuitivamente, 99,8% da população de qualquer país minimamente civilizado responde, sem querer saber de leis ou códigos, que matar, roubar, violar, agredir, é crime.

A legitimação das normas de direito penal decorre, muito directamente, desse sentimento colectivo, que retrata, quase sempre fielmente, a evolução e a elevação, cultural e moral, de cada comunidade.

Se alguém acredita que ainda é "crime", numa sociedade, algo que já deu caso a dois referendos... estamos conversados!

Isto não quer dizer que a questão do aborto, (que é sempre um mal em si mesmo) não levante, na nossa casa comum, um dilema moral, ético - e até, num certo sentido, cultural e religioso.

Só que esse tipo de dilema é intrínsecamente individual - só deve ser ponderável para quem nele, no concreto, se tenha de desgraçadamente colocar - e depende de inúmeros factores conjunturais e individuais.
E só esses factores individuais e concretos - que atravessam transversalmente todos os credos, ideologias, idades, condições económicas e sociais deste país que é o nosso - podem tornar grandiosos ou execráveis, em momentos e situações concretas, todos os melhores argumentos que os militantes, do sim e do não, andam tão denodadamente a gritar.

fevereiro 01, 2007

Sim vs Não


Eu sou contra o aborto pela simples razão que acho que ninguém é a favor. Quem aborta fá-lo por necessidade e com dor (já sei que pode haver excepções mas estas só confirmam a regra).

Tendo isto em conta, vou votar SIM porque:

1. Nenhuma mulher deve ser presa, ou CORRER O RISCO de ser presa, por abortar.
2. As mulheres devem ter a possibilidade de escolha com todos os meios ao seu dispor.
3. As mulheres poderão fazer um aborto em condições que não sejam prejudiciais para a sua saúde e poderão contar com o apoio de médicos, psicólogos e assistentes sociais.
4. Só uma mulher que faz um aborto conhece as suas razões mais íntimas.
5. Não há nenhum método anticoncepcional 100% infalível.
6. Não há nada que obrigue um homem a ficar ao lado da sua mulher se ela engravidar por acidente.
7. Provavelmente outros motivos de que agora não me lembro.

Confesso que tenho alguma dificuldade em entender alguns argumentos do não. Mas há um que, particularmente, me impressiona: o argumento de que se está a matar uma pessoa. Eu não vou discutir se um feto de 10 semanas pode ou não ser considerado uma pessoa porque não sei. Aliás, até os cientistas se dividem.

A minha questão é: partindo do princípio de que se vota não porque se é contra tirar uma vida então porque aceitam o aborto em caso de violação ou de má formação do feto. Nestes casos, serão os fetos menos pessoas?

Se o argumento é “sou totalmente contra matar-se uma vida”, então este argumento deve ser levado às suas últimas consequências e não permitir excepções. Na Irlanda ele é totalmente proibido sem qualquer tipo de excepção. Não concordo mas pelo menos parece-me mais coerente.

PS – Saliento que esta é a minha opinião pessoal e não sei se corresponde à de todas as pessoas que são contribuidores deste blog.

A Mudança


Mudei de casa. Mudei de casa pela quarta vez em menos de um ano. Depois de estar instalada ao fim da terceira pensei: “não saio mais daqui que isto dá muito trabalho!”

E fui ficando… fui ficando… fui ficando.

Sentia-me confortável naquele local que até nem era um local com grandes vantagens. Mas era confortável estar ali porque assim não tinha que passar pelo processo da mudança que dá trabalho e causa alguma ansiedade.

E fui ficando… fui ficando… fui ficando.

Depois apareceu gente para morar na casa ao lado e a casa ficou ainda menos apetecível mas ainda assim, como me sentia com pouca vontade de mudar, sentia-me confortável ali porque dava menos trabalho ir ficando.

E fui ficando… fui ficando… fui ficando.

Depois recebi um e-mail com lindas fotos de uma casa para alugar. Fui ver e resolvi arriscar. Porque a casa era linda e porque as pessoas na casa ao lado da minha faziam cada vez mais barulho.

E decidi mudar.

Ainda antes de começar o processo de mudança quase me apeteceu desistir porque sabia que ia ter muito trabalho e que estes processos são muito complicados. Mas a casa onde estava era cada vez menos confortável e a necessidade de mudar impunha-se.

Mudei.

Deu trabalho. Causou-me alguma ansiedade. Foi complicado. E ainda não acabou porque ainda falta colocar tudo no sítio certo. Mas valeu a pena! Sinto-me muito feliz e nunca me senti tão bem numa casa. Mas para mudar tive que ter uns vizinhos que me causaram incómodo, que me atrapalharam a vida e que me fizeram pensar: “mas porquê a mim?!”. No entanto, hoje tudo faz sentido!

Nas mudanças de casa como na vida! (parafraseando outro!)