fevereiro 01, 2007

Sim vs Não


Eu sou contra o aborto pela simples razão que acho que ninguém é a favor. Quem aborta fá-lo por necessidade e com dor (já sei que pode haver excepções mas estas só confirmam a regra).

Tendo isto em conta, vou votar SIM porque:

1. Nenhuma mulher deve ser presa, ou CORRER O RISCO de ser presa, por abortar.
2. As mulheres devem ter a possibilidade de escolha com todos os meios ao seu dispor.
3. As mulheres poderão fazer um aborto em condições que não sejam prejudiciais para a sua saúde e poderão contar com o apoio de médicos, psicólogos e assistentes sociais.
4. Só uma mulher que faz um aborto conhece as suas razões mais íntimas.
5. Não há nenhum método anticoncepcional 100% infalível.
6. Não há nada que obrigue um homem a ficar ao lado da sua mulher se ela engravidar por acidente.
7. Provavelmente outros motivos de que agora não me lembro.

Confesso que tenho alguma dificuldade em entender alguns argumentos do não. Mas há um que, particularmente, me impressiona: o argumento de que se está a matar uma pessoa. Eu não vou discutir se um feto de 10 semanas pode ou não ser considerado uma pessoa porque não sei. Aliás, até os cientistas se dividem.

A minha questão é: partindo do princípio de que se vota não porque se é contra tirar uma vida então porque aceitam o aborto em caso de violação ou de má formação do feto. Nestes casos, serão os fetos menos pessoas?

Se o argumento é “sou totalmente contra matar-se uma vida”, então este argumento deve ser levado às suas últimas consequências e não permitir excepções. Na Irlanda ele é totalmente proibido sem qualquer tipo de excepção. Não concordo mas pelo menos parece-me mais coerente.

PS – Saliento que esta é a minha opinião pessoal e não sei se corresponde à de todas as pessoas que são contribuidores deste blog.

24 Comments:

Blogger Francisco Melo said...

Se o argumento é “Nenhuma mulher deve ser presa, ou CORRER O RISCO de ser presa, por abortar.
”, então este argumento deve ser levado às suas últimas consequências, logo, não se deve pedir despenalização até às 10 semanas mas às 12, 14 ou 24, por exemplo. Desse modo, o ponto de vista parece mais coerente.
Devolvido o argumento, parece-me clara a demagogia de ambos os argumentos.
Entre o direito da mãe e a protecção da vida intra-uterina deve haver um equilíbrio. Podemos não ter a lei perfeita, mas que não seja desequilibrada. E o problema da pergunta, da forma como está colocada, é que com um desfecho favorável promove, inevitavelmente, esse desequilíbrio. Por isso voto não.

fevereiro 02, 2007 5:44 da tarde  
Blogger Salseira said...

Minha resposta:

Porque 10 semanas (para mim, seriam 12) é um tempo considerado razoável para uma mulher saber que está grávida e tomar uma decisão ponderada. Ou seja, porque é preciso tentar um equilíbrio.

Quanto à tua resposta, faz sentido. É um argumento que usado assim é totalmente válido e prova de se saber argumentar sem ofender. A pergunta é mais para aqueles que utilizam o argumento de se estar a matar uma pessoa como forma de ataque. Como se quem vota sim fosse um simples criminoso.

Obrigada pela participação.

fevereiro 02, 2007 6:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sinceramente não percebo porque é que o tipo de campanha mais agressiva é acusado de brutalidade e falta de ética... as pessoas sabem realmente do que estão a falar? Eu sei que tratar de uma coisa de uma forma abstrata como se fossem só palavras, como se fossem só os direitos das mulheres a estar em causa - tipo burka - é muito mais fácil... mas e os direitos do ser vivo que está dentro dessa mulher? Quem o defende? Quem fala por ele? As pessoas têm noção das mortes horrendas a que esses seres vivos são sujeitos?

Querendo ir um pouco mais além até a actual lei será injusta. É certo que uma mulher não tem culpa de ser violada mas e o bébé dentro dela tem? E se esse bébé for deficiente quem somos nós para julgar até que ponto um deficiente tem menos direito à vida que uma pessoa "normal" - o que é ser normal? Fazemos que lutamos pelos direitos dos deficientes e a sua integração na nossa sociedade mas isto no caso dele conseguir nascer.Ou talvez achem que basta bater palmas quando eles ganham medalhas nos paraolimpicos - ainda bem que não os abortaram!

Quantos de nós já tivemos casos de mulheres desesperadas à nossa roda e que fizemos, apoiámo-las ou pura e simplesmente olhámos para o lado?

Esta lei não é mais do que isso - um olhar para o lado - um não te preocupes - um eu não quero cenas na tv à hora de jantar...

E a vida onde fica? E quem defende quem não se pode defender? E quem apoia mulheres ou casais quando eles precisam de ajuda? E quem ensina as meninas e os meninos como se fazem os bébés? E quem defende a diferença? E quem defende a VIDA?

fevereiro 02, 2007 6:26 da tarde  
Blogger Francisco Melo said...

O equilíbrio, em teoria, já existe. Quando a lei prevê que a mulher possa invocar razões de saúde física ou psíquica, concilia, por um lado, a liberdade de ponderação desta e, por outro, nunca deixa de desconsiderar o bem vida intra-uterina. Mas na prática, estamos muito longe disso. É verdade. Porém, na solução proposta pela pergunta do referendo, não poderemos falar de concordância prática ou de ponderação de valores, uma vez que nenhuma protecção é dispensada ao bem jurídico vida.

fevereiro 02, 2007 7:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Eu não vou discutir se um feto de 10 semanas pode ou não ser considerado uma pessoa porque não sei"

Pois, eu também não. E enquanto não souber, voto Não. Porque não posso correr o risco de estar a ser conivente.

Obviamente, também sou contra duas das três situações actualmente previstas na lei.

Fati

fevereiro 05, 2007 6:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

“Só a partir das 24 semanas o feto ganha autonomia para sobreviver. Até lá, tem os órgãos em esboço, mas não são funcionais. O pulmão só funciona a partir das 28 semanas. A tiróide só segrega hormonas aos quatro meses. O cérebro só amadurece a partir dos cinco meses, aí os neurónios conseguem permitir ao feto o movimento voluntário. Se perguntar às mulheres quando sentem o primeiro pontapé, todas são unânimes em dizer seis meses. O coração funciona desde as três semanas, mas as válvulas só se formam aos cinco meses e só aí os vasos sanguíneos chegam a toda a parte. “ (Mário Sousa, médico, numa entrevista ao JN. Podem ver em http://jn.sapo.pt/2007/01/25/nacional/a_deve_paga_uma_questao_sacrificio.html)

Por isto é que faz todo o sentido apergunta do referendo, sobre despenalizar até um certo tempo de gestação. Até às 10 semanas é uma vida em esboço. Não é um bébé.

Se o argumento é a preservação da vida em si, mesmo que esta ainda esteja em esboço, nesse caso é um contrasenso discordar da despenalização proposta no referendo e aceitar/concordar com as actuais excepções na lei.

fevereiro 05, 2007 6:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

maqgxZeni, um dia que um médico ao analisar a ecografia de uma mulher grávida, com 8 semanas, e disser "aqui está o seu filho", corrige-o logo e diz "filho não. esboço de filho". Quanto ao contrasenso, que se saiba essas execepções não estão para ser avaliadas no referendo. Mas quanto ao contrasenso, antes chama de praticabilidade. Da mesma maneira que quem é do não não é necessariamente pela penalização das mulheres, quem é do sim, não é necessariamente negador que às 10 semanas já haja vida.

fevereiro 05, 2007 7:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo/a:

Em primeiro lugar, porque não se identifica, com um nome? Anónimos somos todos!

O contrasenso é o seguinte: há quem seja pela não despenalização e aceite/concorde as actuais excepções na lei, nomeadamente, no caso de mal formações. O contrasenso é esse mesmo: se é a defesa da vida, ainda que em "esboço", então não se pode discriminar o feto que tem mal formações. Porque se o argumento é defender em vida em si, então o feto mal formado tem tanto direito de nascer como os "bem formados" . Não são as excepções que estão a ser referendadas, mas que sentido tem penalizar umas mulheres e não penalizar as outras, se o argumento é a defesa da vida, por si só? Penalizamos as que abortam fetos sem mal formações e despenalizamos as que abostram fetos com mal formações? Se o argumento é a vida por si só, que direito temos de escolher quem pode e quem deve nascer? Isso é discriminação.

Quanto à parte do seu último comentário eu concordo! No meu comentário anterior não disse nada em contrário. Eu própria sou pelo sim e reconheço que às 10 semanas há vida. Mas reconheço também que é uma vida em esboço, sem autonomia, sem capacidade motora, sem actividade cerebral. Por isso aceito que haja uma interrupção da gravidez às 10 semanas. Posso não compreender, em muitos casos, mas não julgo, não condeno nem obrigo uma mulher a levar a termo uma gravidez indesejada, que gerará um filho indesejado. Defendo uma vida com condições e dignidade para todos. Incluindo a dignidade ao nascer, que começa por ser desejado. (Posso não concordar nem compreender os motivos de não ser desejado. mas isso não me compete a mim julgar).

fevereiro 05, 2007 10:07 da tarde  
Blogger Salseira said...

"Quem é do não não é necessariamente pela penalização das mulheres." Não? Então porque vota não? A pergunta é essa.

A pergunta é se somos a favor da despenalização do aborto. A segunda parte da pergunta tem a ver com uma regulamentação que tem de haver necessariamente quando se despenaliza. Porque não se pode despenalizar sem mais. É preciso regulamentar para que todas as situações que caiam fora dessa regulamentação sejam penalizadas.

Mas a pergunta é se concorda ou não com a despenalização. Se votarmos sim estamos a dizer que concordamos e se votarmos não estamos a dizer que não concordamos e, como tal, uma mulher que faz um aborto deve ser castigada.

fevereiro 06, 2007 9:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

É isso mesmo, salseira.

Esse é um dos pontos que eu estou farta de bater: há pessoas que são pelo "não" e que dizem que não são pela penalização e não se dão conta deste outro contrasenso: quem vota "não" está a concordar com a penalização, com a cadeia. Nisto não à volta a dar.

fevereiro 06, 2007 10:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nem toda a gente é pela despenalização! Se é um crime deve ser penalizado, não sejamos hipócritas. O facto de uma criança não ser desejada não quer dizer que não tenha direito à vida, existem tantos pais a quererem filhos sem o conseguirem...o ponto central nesta polémica não são as mulheres, são as crianças.

fevereiro 06, 2007 3:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá,

Aqui estou de volta. Desculpem não me ter identificado da outra vez, mas não tenho blog. Além de que zeni, salseira não são nomes de gente, pelo que como meter um nick, ou anonimo, é a mesma coisa, uma vez que não sabem quem eu sou, nem eu sei quem vocês são, decidi escolher a opção anonymous que aqui surge. Mas se estiverem descontentes é escolherem a opção de retirar comentários anónimos.

Olhem, eu sei que vos faz espécie a ler punir mulheres que abortam, apesar de nos passados anos nunca nenhuma ter sido condenada. A mim também faz, mas como a oposição não é entre mulher e coisa nenhuma mas mulher vs vida intra-uterina, ha que conseguir um equilibrio. Pode não ser o perfeito. Mas é o menos mal.

Bem sei que ficarão contentes quando a mulher deixar de ser penalizada. Será então a vez de a mim fazer-me espécie. Que a vida intra-uterina até às 10 semanas valha o mesmo que nada, ou seja, nada. Mas destruir ovos de cegonha continuará a ser crime, com pena de prisão e tudo.

Mas pronto, só a mim e uns poucos é que isto deverá fazer impressão. O que vale é a vontade da maioria.

Cumps,

fevereiro 06, 2007 6:40 da tarde  
Blogger Salseira said...

Anónimo,

Realmente Salseira e Zeni não querem dizer grande coisa. Mas a Zeni também te disse que todos aqui somos anónimos.

A vantagem de se escolher um nome (e para isso não é preciso ter um blog) é para facilitar o entendimento. Isto porque às vezes acontece de aparecerem muitos anónimos e depois não se perceber o seguimento dos comentários.

De resto, desde que haja respeito entre todos, cada um é livre de se identificar ou não e de escrever o que lhe aprouver.

fevereiro 07, 2007 10:03 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo/a:

A salseira já explicou a vantagem de todos termos um nome que nos identifica e nos distingue dos outros anónimos. Até agora ainda nem percebi se estou a falar com um homem ou com uma mulher.

E esse seu comentário a dizer que zeni e salseira não são nomes de gente, já está a soar a falta de respeito.

Agora em relação ao seu comentário sobre o assunto em discussão. Está a fazer interpretações errdas do que eu afirmei. Não considero que a vida uterina seja "nada". Não distorça os argumentos. Já expliquei o meu ponto de vista. Não é obrigada a concordar comigo, mas não distorça o que eu disse.

Falou também de um equilíbrio, e é isso mesmo que está em jogo neste referendo: chegar a uma equilíbrio. Não é a penalização que evita o aborto. Por isso há que chegar a uma solução de equilíbrio. A despenalização nas condições propostas na pergunta referendada, pode contribuir para que o aborto seja cada vez mais raro e seguro. Porque se a cada mulher que se apresente para fazer um aborto for dado acompanhamento psicológico e for acompanhada por uma assistente social e for dado o acesso a informação sobre contraceptivos e outra, o aborto será cada vez mais raro. Estamos no século XXI, mas infelizmente a informação e instrução ainda não chega a todos.

fevereiro 07, 2007 10:51 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Elisabete:

Infelizmente, as crianças indesejadas têm, na sua maioria vidas muito sofredoras e dramáticas, em muitos casos. Desde abandono (até nos caixotes de lixo, à nascença) a maus tratos. Muitas morrem, vítimas de abusos e de maus tratos. Muitas nem chegam à adopção. E muitas das pessoas que querem adoptar discriminam por idade, cor, raça.

O direito a uma vida com condições, com dignidade, é devia prevalecer.

fevereiro 07, 2007 11:07 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Cara Zeni,

Acredita que não quis faltar ao respeito. Se assim soou, peço desculpa.

Há que ver que o aborto não é um mal quando é clandestino e aceitável quando feito em «estabelecimento de saúde legalmente autorizado»; o aborto é sempre um mal, que no entanto admitimos em certas condições para evitar um mal que consideramos maior. O que não faz sentido é dizer que o mal reside no aborto clandestino e não no aborto. Isso é valorizar a saúde da mãe (o que está bem) mas desconsiderar totalmente o feto (o que está mal).
E onde é que está o equilíbrio? Sinceramente, não consigo descortinar.

Zeni, não dizes que a vida intra-uterina seja nada. Mas também dizes que é um esboço. Não sei que designação dás então, mas terás que ver que ao negares qualquer dignidade jurídica, tal "ser" ou coisa" vale o mesmo que nada. Ou seja, nada. Porque não tem valor algum. Isto não é distorcer. É chamar atenção para um dado inequívoco. Sim, porque diz-me que protecção será atribuída com a despenalização? O aconselhamento?? Mas esse é pensado para a mulher e, espante-se, não garante a sobrevivência da gravidez!!!
Não vejo onde haja equilíbrio.

fevereiro 07, 2007 6:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Marty McFly:

Isso do "nada" é a sua interpretação. Não vou aqui repetir o que já disse quanto a isso.

Quanto à última parte do seu comentário: entendo que uma mulher não deve ser obrigada a levar a termo uma gravidez, como se não tivesse nada a dizer, como se não tivesse liberdade de escolha, nem direito de decisão.

Porque defende a vida por si só, a qualquer custo, a qualquer preço?

Como eu já tinha referido na minha resposta à Elisabete, no meu entender, a defesa da vida com dignidade e com condições é que deve prevalecer, e não a defesa da vida por si só. O direito e o acesso a uma vida com qualidade é que devia ser defendido.

Crianças mal-tratadas, abusadas, marginalizadas, vítimas de toda a espécie de violência (como a pequena Joana que ningém sabe o que lhe aconteceu)? Não, obrigada.

fevereiro 07, 2007 9:55 da tarde  
Blogger Salseira said...

Marty McFly,

Atenção que eu acho que ninguém disse que o aborto é um mal apenas se for clandestino.

O aborto é um mal quer seja cladestino quer não seja clandestino. Podemos é tentar arranjar formas de minorar essa mal.

fevereiro 08, 2007 9:41 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Então em vez de lutar-mos por vidas dignas e com qualidade mata-mos as pessoas? Dá menos trabalho... Já estás a entrar por caminhos muito obscuros, tipo nazismo. Desculpa mas vemos a vida de polos opostos.

Nos casos em que falas erra muita gente desde assistentes sociais até vizinhos mas quem tu achas que está a mais é a criança... Não posso concordar contigo!

fevereiro 09, 2007 11:25 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Elisabete:

Também já entraste na via de distorcer o que eu digo?

Matar crianças? Onde é que eu disse isso? Então tu achas que ao contrário de ti, sou pela morte? Não vou aqui a repetir toda a minha linha de argumentação, porque ou não tens capacidade para perceber ou preferes distorcer da forma que te convém, embandeirando moralismos estéreis!

Quem tu julgas que és e que eu sou, para entrares em linhas de acusação como "Nazismo"?

Estou farta de falar para gente surda!

Basta!

fevereiro 09, 2007 2:43 da tarde  
Blogger Salseira said...

Elisabete,

Não posso concordar com o tom que utilizaste nem deixar de comentar isso mesmo.

Acusar as pessoas de nazis não é correcto até porque até este momento ainda ninguém tinha sido desrespeitoso com ninguém.

Todos perdemos quando se utilizam argumentos deste calibre. Até as pessoas que pretendemos defender.

Eu acho que não deves ir por aí... Mas, mais do que isso, peço-te que aqui neste blogue não vás por aí.

Obrigada.

fevereiro 09, 2007 2:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Seria fácil se assim fosse...

tipo "os que defendem o SIM são uns nazis" e "os que defendem o NÃO andam ao mando da igreja" e "os que defendem o Nim são uns cobardes" mas na realidade não é nada disto o que se passa!

Respiremos fundos e pensemos:

Nem a Zeni é nazi;
Nem eu sou religiosa (e já me acusaram de ser NÃO para obedecer ao padre da missa!!!!)
Nem algumas pessoas que eu conheço e são NIM (e por isso dizem não ir votar) são covardes... elas apenas estão "como o tolo no meio da ponte"

(é, eu compreendo os NIM, apesar de lhes andar a lixar a cabeça "pá, decidam-se e vão votar, raios, isto diz-nos respeito a todos")
Fati

fevereiro 09, 2007 6:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Peço desculpa se te OFENDI para mim abortar é matar alguém, acho que é aqui que nunca vamos concordar. Este é o ponto esencial e não a vontade de terceiros.

Te garanto que se fosse um direito das mulheres eu seria a primeira a levantar a minha voz, mas não é disso que estamos a falar!

fevereiro 09, 2007 7:17 da tarde  
Blogger Salseira said...

Fati,

Eu tb compreendo os NINs mas votar NIN é possível... basta ir lá e votar em braco.

É um voto com valor!

fevereiro 09, 2007 9:50 da tarde  

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