Soneto já antigo...
Olha, Daisy: quando eu morrer
tu hás de dizer aos meus amigos aí de Londres,
embora não o sintas, que tu escondes
a grande dor da minha morte.
Irás de Londres p'ra Iorque, onde nasceste
(dizes...que eu nada que tu digas acredito),
contar àquele pobre rapazito
que me deu tantas horas tão felizes,
Embora não o saibas, que morri...
mesmo ele, a quem eu tanto julguei amar,
nada se importará...
Depois vai dar a notícia a essa estranha Cecily
que acreditava que eu seria grande...
Raios partam a vida e quem lá ande!
Álvaro de Campos
tu hás de dizer aos meus amigos aí de Londres,
embora não o sintas, que tu escondes
a grande dor da minha morte.
Irás de Londres p'ra Iorque, onde nasceste
(dizes...que eu nada que tu digas acredito),
contar àquele pobre rapazito
que me deu tantas horas tão felizes,
Embora não o saibas, que morri...
mesmo ele, a quem eu tanto julguei amar,
nada se importará...
Depois vai dar a notícia a essa estranha Cecily
que acreditava que eu seria grande...
Raios partam a vida e quem lá ande!
Álvaro de Campos