A Comunicação
Quando andávamos na escola aprendemos que para haver Comunicação tem de haver um Emissor, uma Mensagem, um Canal e um Receptor. Também nos ensinaram que a Comunicação podia ter Ruído. Ruído é tudo aquilo que afecta a transmissão de uma Mensagem. Não sei como é ensinado hoje na escola mas na altura Ruído teria, mais ou menos, esta definição:
Designa-se por ruído tudo aquilo que afecta a transmissão de informação. Exemplos de ruído são, por exemplo, uma voz excessivamente baixa, uma articulação deficiente, o barulho ambiental... Manchas de tinta cobrindo algumas palavras, erros ortográficos ou uma caligrafia pouco legível são também ruídos. O ruído pode Ter origem em qualquer dos elementos da comunicação: emissor, receptor, canal...
Mas o Ruído pode ser muito mais do que isto. E pode ser bem pior do que isto.
Este tipo de Ruído percebe-se facilmente que está presente na Comunicação. Mas há Ruído que está lá e do qual nem nos apercebemos. Falo do Ruído que advém daquilo que se passa dentro de nós. Os nossos valores, as nossas experiências, as nossas dores ou alegrias. Esse Ruído os outros não vêem. Mas podem senti-lo. E às vezes sentem-no duramente. O problema é que esse Ruído também nos pode atingir a nós, porque ao utilizarmos os nossos filtros, podemos estar a perceber qualquer coisa que nos magoa e que, no fundo, não está lá. E aí sentimo-lo nós duramente.
Há dias senti-o duramente. Do outro lado sentiram-no duramente. Mas felizmente havia dos dois lados a vontade de esclarecer, a vontade de que a Comunicação ficasse clara. Havia a compreensão de que existem estes filtros dentro de nós. Felizmente!
É por coisas como estas que somos amigas!
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