junho 26, 2007

Saudade


A Saudade dói? Sim, pode doer. A Saudade custa? Sim, pode custar.

Mas a Saudade é boa!

Só temos Saudades daquilo que foi bom, daquilo que nos deixou um sabor doce na boca, daquilo que nos deixou boas recordações, daqueles que nos deram amor, daqueles que estiveram presentes, daqueles que acreditaram em nós, daqueles a quem amámos ou ainda amamos.

A Saudade pode ser boa se não nos afundarmos no desgosto que nos pode trazer. Se olharmos para o passado como uma coisa boa que nos aconteceu, que ainda bem que aconteceu mas que já deixou lugar a que outras aconteçam.

Tenho Saudades de tudo de bom que aconteceu no meu passado.

Tenho Saudades de todas as pessoas que fizeram parte do meu passado gostoso.

E essa Saudade é boa porque é uma Homenagem a quem esteve e já não está.

Quando a Saudade só dói e não traz nada de bom, então não é Saudade, é apenas necessidade e apego e estes dispensam-se.

junho 20, 2007

Os bons condutores vão para o céu... mas mais tarde!

«Vaticano divulga os "dez mandamentos" do bom condutor
20.06.2007 - 10h54 PUBLICO.PT

Se é católico e quer continuar a sê-lo enquanto conduz, mesmo naquelas alturas em que não consegue evitar um ataque de fúria porque o comportamento de outro condutor o irritou, então, o Vaticano, tem dez conselhos para si. A Santa Sé divulgou aqueles que considera serem uma espécie de "dez mandamentos" do bom condutor, naquele que é o primeiro sinal de preocupação com os problemas de viação.

Chama-se "Guia de conduta pastoral para a estrada" e é um apelo aos condutores para que respeitem os limites de velocidade, para que evitem beber antes de conduzir e que evitem praguejar enquanto conduzem. E devem ainda fazer o sinal da cruz antes de iniciar a viagem.

O documento de 36 páginas, publicado pelo Concelho Pontifício do Vaticano para as pessoas migrantes e itinerantes, sugere ainda, em forma de mandamento, que um bom condutor católico não faz gestos obscenos pelo espelho retrovisor e presta auxílio a vítimas cidentadas sempre que possível, embora compreenda que a prática da condução possa despertar instintos primitivos como "praguejar, blasfemar e perda de bom senso e de responsabilidade", diz o documento, citado pela BBC News, que acrescenta que um automóvel pode ser um verdadeiro veículo de pecado, se usado, por exemplo, para rapto ou prostituição.

Para o cardeal Renato Martino, responsável pelo documento, esta posição do Vaticano é importante porque o automóvel tomou um lugar preponderante na vida quotidiana: "Sabemos que, em consequência de transgressões e negligências ao volante morrem 1,2 milhões de pessoas todos os anos na estrada", disse Martino. "É uma realidade muito triste e ao mesmo tempo um grande desafio para a sociedade e para a Igreja", concluiu.

David Willey, repórter da BB em Roma, acabou por confirmar que não se conduz depressa no Vaticano, onde o limite de velocidade é de 30 quilómetros hora. O último acidente foi há um ano e meio.»
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Achei curioso! Talvez a igreja tenha arranjado um campo onde possa estar à vontade para dar sugestões sem ofender ninguém…

Mas gostava que me esclarecessem dois pontos:

1. Para andar a 30km/h não seria melhor andar a pé?

2. Os condutores no Vaticano devem ser ainda piores do que nos outros Estados porque ter um acidente a 30km/h é obra!!

junho 12, 2007

O velho, o rapaz e o burro.


Um avô viajava com o seu neto e um burro que ajudava a transportar o miúdo.

Um dia, chegaram a uma aldeia e toda a gente começou a comentar:
“Que horror! Se tem algum jeito! O velhote vai a pé enquanto o miúdo vai refastelado no burro!”

O avô pediu então ao neto que trocassem e sentou-se no burro com o miúdo ao lado.

Chegaram a uma outra aldeia e ouviram os populares:
“Olhó velho, hãn!? Refastelado no burro enquanto o miúdo não tem outro remédio se não ir a pé!”

“Bem…”, pensa o Avô, “o melhor será irmos os dois sentados no burro!”

Mais uma aldeia, mais comentário:
“Pobre burro!! Carrega com eles carrega, desgraçado!!”

E o avô logo pede ao neto para descerem ambos do burro e irem a pé.

Vão caminhando e lá chegam a mais uma aldeia onde ouvem:
“Quem é mais burro?! O burro ou os humanos?! Vai o animal à vontade enquanto os dois vão a pé!”

Posto isto, diz o avô ao neto:
“Olha, sobre para cima do burro que eu vou a pé porque, já que não há forma de agradar a todos, o melhor é fazermos à nossa maneira!”

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Lembrei-me desta história por causa dos últimos desenvolvimentos da história “O novo aeroporto. O mistério da melhor localização!”.

Agora são os autarcas da zona Oeste a quererem explicações…

Não sei qual a melhor opção e não tenho outro remédio se não confiar em quem tem poder de decisão. No entanto, cheira-me que, seja qual for a escolha, vamos ouvir sempre reclamações e argumentos pouco credíveis.

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Quanto às nossas próprias vidas, façamos como o avô: já que não podemos agradar a todos, façamos à nossa maneira!

junho 05, 2007

Pensamento Positivo


“Vamos brindar ao sucesso da exposição! E logo saímos para festejar!”
“Mas a exposição ainda não aconteceu…”
“Não interessa. Vamos festejar porque a exposição vai ser um grande sucesso!”
“Não sei… Pode dar azar andar a festejar antes do tempo! Contar que vai correr tudo bem… dizem que dá azar!”
“Pois, não sei se será boa ideia…”
“Ai! Aqui não se fala em azar! Não conhecem os benefícios do pensamento positivo?!”

Eu conheço. Mas também conheço bem a tendência de pensar pela negativa para depois não ter desilusões. Já fui mais por esta tendência. Agora tento focalizar-me mais no pensamento positivo e tem dado os seus frutos.

Os portugueses andam sempre muito tristes e cada vez mais atraem coisas menos boas. Ver um sorriso na cara de alguém dentro de um transporte público é coisa rara. Mas um sorriso traria melhor resultados com toda a certeza!

Amiga, este post é dedicado a ti! Eu mantenho o meu pensamento positivo! Quando o teu estiver menos positivo (o que é humano) conta com o meu aqui deste lado!

junho 01, 2007

Proibido fumar... ou talvez nem tanto assim!


Eu nunca fumei. Felizmente. Assim, nunca tive que passar pela agrura de deixar de fumar.

Sempre conheci pessoas que fumavam. Nem sempre foi fácil conviver com elas no mesmo espaço.

Compreendo que quem fume queira e precise de fumar. Não compreendo que não compreendam como isso prejudica quem não fuma. Não compreendo que não compreendam que o facto de eu não fumar não implica com a sua liberdade. Não compreendo que não compreendam que o facto de fumarem implica com a minha liberdade.

Há a salientar que, apesar de tudo, cada vez há menos fumadores (pelos menos meus conhecidos) e que, cada vez mais, os que fumam têm mais cuidado com os não fumadores.

Mas são necessárias leis que protejam os não fumadores. E essa lei está na forja.

E agora vem o verdadeiro motivo deste post.

Há uma lei na forja. Uma lei com muitas restrições a quem fuma. Posso concordar com todas ou não. Não sei, não conheço bem a proposta de lei. Houve quem reclamasse da dureza da proposta. Vai daí, pensa-se em alterar um pouco a lei. Até aqui… mais ou menos normal.

E o que se faz? Torna-se a lei menos restritiva? Não. Alteram-se as coimas para que quem prevaricar não tenha que pagar tanto… Assim, quando infringirem a lei não serão tão penalizados…

Em certo sentido, faz-me lembrar qualquer coisa:

“É proibido? Sim. Mas pode-se fazer! E o que acontece? Nada!”