julho 26, 2007

Uma viagem inesquecível!

Há momentos nas nossas vidas que são tão especiais que nos deixam saudades e nos ocupam o pensamento durante dias e dias depois de passados. E, por vezes, queremos escrever sobre eles para podermos exteriorizar sentimentos e nem isso se consegue porque é quase impossível traduzir em palavras toda a emoção que se sentiu.

O último fim-de-semana insere-se nesse tipo de momentos que parece que fazem mudar a nossa vida, ou será que fazem mesmo? Momentos em que passamos a olhar os outros de outra forma, em que passamos a vê-los com outros cambiantes, momentos em que pessoas que acabámos de conhecer se tornam em companheiros de uma viagem curta mas inolvidável.

Momentos em que olhamos para nós próprios com outros olhos e parece que de repente encontramos dentro de nós um amor infinito por quem nos acompanha em cada momento da nossa vida, por quem está presente nas situações felizes e infelizes da nossa vida, por quem é o nosso maior adversário e o nosso maior aliado: nós mesmos!

Momentos em que nos apetece libertarmo-nos de tudo aquilo que nos impede de agirmos sem pensar, sem medo de avaliações ou julgamentos, sem medo de críticas, sem medo que não nos aceitem. Momentos em que o nosso coração e o nosso corpo tomam conta de nós e nos levam a explorar outros limites.

Foram momentos em que soltei o coração, o corpo e partilhei tudo. Momentos em que dancei e dancei e dancei… sem regras, sem preocupações de técnicas ou afins. E se de todo o fim-de-semana é difícil dizer do que gostei mais, tenho, no entanto, a certeza que o momento em que fui mais eu, foi precisamente esse momento em que só o meu corpo comandou e, ao som de lindas músicas, me deixei levar sem pensar qual seria o destino, tirando apenas prazer do caminho.

Obrigada A e M por me mostrarem mais portas para abrir e por me mostrarem que, provavelmente, irei gostar muito do que se encontra por trás delas! Obrigada A, G, I, J, M, M, P e R pela companhia perfeita! Obrigada F, O e T pela hospitalidade! Obrigada a mim por me ter feito companhia e por me ter aliado a mim mesma para melhor aproveitar!

PS – Escrevi isto ao som da NOSSA banda sonora. :)

julho 11, 2007

Alegria de Viver


Estou em Espanha, a trabalho, desde Segunda-feira e todos os dias tenho confirmado aquilo que, no fundo, já sabia mas que é tão difícil de colocar em prática em Portugal: para trabalhar bem e com eficácia não é necessário fazer cara séria nem pensar única e exclusivamente no trabalho.

No Verão têm um horário diferente para poderem aproveitar melhor os dias de sol mas enquanto trabalham, trabalham. Mas trabalham de cara alegre e com descontracção. Não há doutores e engenheiros (arghh!) e todos, independentemente de posição hierárquica ou idade, se tratam por tu.

Pelas 20h, se decidimos passear pela cidade (que coisa estranha… passear… e pela cidade!!) lá vemos as ruas, as esplanadas, os cafés, as lojas, etc, cheias de gente a conversar, a rir, a conviver alegremente.

A isto se chama, ou chamo eu pelo menos, “alegria de viver”!

Acho que era capaz de me habituar a viver por aqui… :)

julho 05, 2007

Ansiedades


Ontem estive com duas pessoas que estavam preocupadas com as modificações na sua empresa e com aquilo que o futuro lhes reservava. Fomos comentando que esses momentos de incerteza são sempre complicados e criam ansiedade e stress e depressões e desgaste e cansaço e… ufa!

Mas a questão é: quando é que os momentos que vivemos não são de incerteza? Quando é que podemos dizer que alguma coisa é permanente? Quando é que podemos dizer que o que nos espera é certo?

Não podemos. Viver é, só por si, uma incerteza. Não sabemos o que nos vai acontecer amanhã, não sabemos quem vamos perder, o que vamos perder, quem vamos ganhar, o que vamos ganhar, se nos vamos perder ou se nos vamos encontrar. Não sabemos nada de nada. A única diferença é que num momento de mudança sabemos que alguma coisa vai acontecer para breve e mesmo esse acontecimento pode ser bom ou mau.

Então para quê sofrer com as incertezas de um determinado momento? Porque não tentarmos viver tudo com a certeza que nada é permanente e que o que hoje é verdade amanhã pode ser mentira, o que hoje é bom amanhã pode ser mau, o que hoje vale a pena amanhã pode não valer. Mas também com a certeza que aquilo que hoje é mentira amanhã pode ser verdade, o que hoje é mau amanhã pode ser bom, o que hoje não vale a pena amanhã pode valer.

Na realidade o que as pessoas têm mais medo é da mudança. Porque têm dificuldade em sair da sua zona de conforto que nem sempre lhes traz felicidade, ou alegria, ou tranquilidade mas que é conhecida e, aparentemente, segura.

Vale a pena arriscar e esperar que ao virar da esquina se revele mais qualquer coisa daquilo que vai ser a nossa vida. E, já agora, vamos contar que o que está ao virar da esquina é bom e positivo. É que, na realidade, se soubermos apreciar cada momento e soubermos tirar as lições necessárias, tudo o que vivemos vale a pena ser vivido!!