Momentos perfeitos

A procura da perfeição não é certamente o melhor caminho para atingir momentos perfeitos.

Durante grande parte da minha vida fiz planos, tentei controlar tudo ao milímetro para ter a certeza que nada falhava, pesei os prós e os contras, fiquei ansiosa quando via que não estava a controlar um determinado factor, fiquei frustrada quando não atingi aquilo que queria.

Depois aprendi a viver melhor: o Universo (ou o que lhe quiserem chamar) fez-me aprender à força e tive pessoas especiais a ajudarem-me nessa aprendizagem.

Hoje sei que a felicidade está nas pequenas coisas, está nos momentos especiais que acontecem quando menos esperamos. Está num abraço inesperado, num raio de sol que nos vem aquecer, num vislumbre de mar quando vamos na estrada, numa música que ouvimos no rádio, num e-mail que não esperávamos, num telefonema de um amigo distante, num “gosto de ti”, num “quero estar contigo”, num jantar com amigos especiais, num “estás bem?”, num comentário neste blog, etc, etc, etc.

Estes momentos não são procurados e, no entanto, são pequenos momentos perfeitos. Basta estarmos atentos ao que nos rodeia, às pessoas que fazem parte da nossa vida, ao que nos dá prazer. Basta não tentarmos controlar e deixarmo-nos ir ao sabor dos acontecimentos. Basta confiar. Basta alimentar as relações. Basta mostrar que gostamos dos outros. Basta isto tudo e, no entanto, não é fácil… mas possível… bem possível!

Formas de facilitar a nossa vida…

“Eu tenho que…”

Todos os dias pensamos em coisas como:

“Eu tenho de me levantar!”
“Eu tenho de ir trabalhar!”
“Eu tenho de ir às compras!”

E se antes de dizer “eu tenho”, disséssemos “eu quero”?

“Eu quero levantar-me!”
“Eu quero ir trabalhar!”
“Eu quero ir às compras!”

Não será que todas aquelas coisas que somos obrigados a fazer são, na realidade, actividades que queremos fazer? Se eu não quiser levantar-me vai alguém lá obrigar-me a sair da cama sob ameaça?

Dizer “eu quero” coloca a responsabilidade do nosso lado e não há melhor forma de se viver do que admitir que a responsabilidade pelo que nos acontece é nossa e que, como tal, não são os outros que nos controlam.

E há mais…

“Eu não consigo sair da cama cedo!”
“Eu não consigo dançar!”
“Eu não consigo escrever!”

Que tal substituir por “eu não quero”?

“Eu não quero sair da cama cedo!”
“Eu não quero dançar!”
“Eu não quero escrever!”

Será que na realidade todas aquelas coisas que não conseguimos fazer não são as coisas que nós não queremos fazer? Será que o Ser Humano não é capaz de fazer tudo aquilo que realmente queira? Eu acho que é! ;)