outubro 09, 2008

Voto em Branco

Votar é um direito. Votar é também um dever que deve ser cumprido.

Apenas uma vez me abstive e foi por não estar no país. A abstenção não pode ser considerada uma tomada de posição. Quem não vai às urnas entra para uma estatística em que entram os que não vêem em quem hão-de votar, os que não ligam a nada que não seja o seu umbigo, os que querem mostrar o seu descontentamento, os preguiçosos que não querem sair de casa, os que apanharam uma bebedeira no Sábado anterior e no Domingo estão de ressaca. Assim mesmo, desta forma, uma misturada de motivos com boas intenções e de motivos completamente idiotas.

O voto branco é um voto válido. É um voto de alguém que está descontente. Que não se revê na política mas que quer que os outros saibam qual a sua posição. Querem entrar para uma estatística que mostre alguma coisa.

Sempre votei num partido. Umas vezes gostei das suas posições e outras vezes não gostei. Mas sempre achei que os deputados estavam ali em consciência, cada um com a sua individualidade, cada um livre de votar o que sentia ser certo ainda que não fosse o mesmo que eu pensava.

Afinal, os deputados são carneiros. Ou "porcos", e uns são mais "porcos" que outros. Os que são mais dizem aos que são menos o que devem fazer. Estes cumprem.

Disciplina de voto, aí está um bom motivo para votar em branco. Assim como assim vale o mesmo e, pelo menos, fico a contar como um daqueles que se deu ao trabalho de mostrar o que sentia.

Votar contra quando se quer votar a favor é estúpido.

Votar-contra-quando-se-quer-votar-a-favor-mas-estamos-perto-das-eleições-e-mais-vale-agradar-a-gregos-e-troianos… é imoral.