Referendo
E pronto, cá está ele outra vez: o referendo sobre o aborto.
E, juntamente, com o referendo virão mais discussões e campanhas idiotas sobre o aborto. Idiotas porque o que se discute nestas campanhas e debates associados não faz, para mim, muito sentido. Os “argumentos” utilizados são, a maioria das vezes, muito desagradáveis e sem sentido.
E começa logo pela célebre frase “eu sou contra o aborto”! Ora que grande novidade! Haverá alguém que seja a favor do aborto? Eu penso que não!
A discussão deve centrar-se na liberalização e despenalização, ou não, do aborto. Eu, por mim, sou a favor da liberalização do aborto porque penso que, mesmo podendo haver algumas excepções, uma mulher só faz um aborto se tiver razões muito fortes para o fazer. E quando o faz sofre emocionalmente com isso. E, no mínimo, deverão ter direito a poder fazê-lo com segurança e dignidade.
A despenalização é, na minha opinião, uma questão sem sentido: “não liberalizamos mas não levamos as mulheres que o fazem a Tribunal” parece-me de uma hipocrisia atroz.
E pronto, estes são os meus argumentos. Aceito que nem todos vejamos a coisa da mesma forma. A única coisa que peço é que argumentem com sentido e sem ofender ninguém. Vale para os partidários do Não e para os partidários do SIM.