julho 26, 2006

Terapias


Ouve-se muita gente a criticar psicólogos, psiquiatras, terapeutas, etc. Muita gente a dizer que não são malucos para fazerem terapia. Muita gente a dizer que esses gajos só querem ganhar dinheiro à nossa custa. Muita gente a dizer barbaridades sobre este assunto sem sequer o conhecerem bem.

Cada vez ouve-se mais gente a afirmar que faz terapia, que consulta um psicólogo ou um psiquiatra. Mais gente a dizer que isso é importante nas suas vidas. Mais gente a dizer que se descobriu através dessas terapias. Mais gente a falar daquilo que sabe porque viveu a experiência.

Eu faço terapia de grupo. Não tenho problema nenhum em afirmá-lo e até acho importante fazê-lo. Procurei esta terapia num momento muito difícil já lá vão 5 anos, interrompi durante cerca de 2 anos e retomei há cerca de 1. O que estes grupos me têm dado é impossível descrevê-lo aqui. O que eu lhes tenho dado a eles também, penso, ter sido importante.

O que eu posso dizer ao fim deste tempo é que acho que não vou chegar aos 60 a dizer “quem me dera ter 30 e saber o que sei hoje”. É que a terapia, qualquer forma de terapia, corresponde a um amadurecimento efectivo. Quem não sabe que experimente ou que, no mínimo, procure saber mais.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muitas pessoas pensam "eu não tenho problemas que justifiquem a ida a um desses terapeutas" - Desenganem-se!
Toda a gente tem questões para compreender e resolver e o primeiro passo é tomar consciência disso, que elas existem. O terapeuta ajuda, em primeiro lugar, a conhecermo-nos bem a nós próprios e a aprender a lidar melhor com todas as nossas facetas e com as dos outros, especialmente daqueles que nos são próximos.
Eu faço terapia há 2 anos e mudou a minha vida. Agora vivo melhor comigo mesma e com os outros.

julho 26, 2006 11:31 da manhã  
Blogger Luis Carlos said...

Olá Salseira,

A verdade da minha vida, é que eu nunca fui a um psicologo, ou um psiquiatra, nem a terapias de grupo, pelo menos de maneira formal ou profissional.

Tive 3 anos de depressão, devido às minhas capacidades de memória terem sido afectadas, "perdi" a minha auto-estima, mas nunca "perdi" a minha capacidade de análise do que se passava comigo, para isto contribuiu os meus amigos, que mantiveram contacto comigo durante essa altura.

Levantei-me sozinho sobre as minhas pernas, procurei livros que me ajudassem, e eu fiz que com eles me ajudassem.

E aqui estou. Como os meus problemas e também com as minhas perguntas. Os problemas a seu tempo resolvem-se, com ou sem ajuda profissional; as perguntas ficarão caso ainda não tenha resposta para elas, nem vou procurar desesperadamente as respostas, elas virão em forma de sinais, apenas tenho que estar em estado de alerta para que eu saiba ler esses sinais, e para que isso aconteça, vivo de forma consciente, de olhos bem abertos, a minha vida.

Respeito os profissionais da psicologia, da psiquiatria, da terapia. Mas são ferramentas que eu não uso. Com isto, não estou a criticar quem recorre a eles, apenas estou a dizer que a minha decisão neste momento é não recorrer a eles, apenas e só. Eu sei que amanhã posso decidir de maneira diferente da de hoje.

Até já,
Luís Carlos

julho 26, 2006 1:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Os livros de auto-ajuda não interagem com a pessoa. Podem ajudar a pessoa a pensar, podem abrir a mente, mas a interacção que se estabalece com o psicólogo é diferente.
E os amigos são preciosos e ajudam-nos nos bons e maus momentos, mas há coisas que não podem ver, há coisas que não sabem ver, e até com boas intenções podem influenciar-nos negativamente. A vantagem do psicólogo é que, para além de ser um especialista, é uma pessoa de "fora", imparcial, coisa que os amigos não são.
A nossa capacidade de análise é nossa, e como tal, é sempre distorcida pelas nossas emoções e sentimentos e experiências do passado. Não somos isentos para nos auto-avaliar. E o terapeuta também não o será, a 100%. Mas domina ferramentas que nós não dominamos e utiliza-as para nos ajudar a melhorarmos como pessoas e a melhorar a nossa relação com os outros.

julho 26, 2006 2:08 da tarde  
Blogger Salseira said...

O psicodrama é uma técnica de terapia de grupo baseada no teatro e crida pelo Moreno.

Inicialmente, estas sessões eram públicas e qualquer um as podia fazer. Depois passaram a exitir grupos que trabalham juntos durante algum tempo. Podem entrar novos elementos mas é sempre por um período de tempo algo longo.

Hoje em dia, há cidades, onde se fazem novamente sessões destas públicas. As pessoas chegam, pagam uma determinada quantia (pequena e fazem a sessão. No Brasil fazem isto mas não sei se há países da Europa onde o façam também.

julho 28, 2006 1:01 da tarde  

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