Sabem aqueles Power Points que circulam por aí com as gaffes dos jogadores de futebol ou as melhores tiradas jornalísticas?
Pois é… Não tarda nada há-de andar aí um com as melhores desculpas dos nossos olímpicos.
Se não, vejamos:
"De manhã só é bom é na caminha, pelo menos comigo", Marco Fortes (lançamento do peso).
Jéssica Augusto, após a eliminação na prova dos 3.000 obstáculos, justificou o abandono da corrida dos 5.000 metros dizendo que não participaria porque "não vale a pena".
Arnaldo Abrantes justificou a sua fraca prestação com o facto de ter "bloqueado" quando viu o estádio olímpico cheio.
Vânia Silva admitiu que "não é muito dada a este tipo de competições" [os Jogos Olímpicos].
Eu, por acaso, acho uma injustiça enorme que depois de estarmos 4 anos sem ligarmos a estes atletas lhes coloquemos nos ombros a responsabilidade de nos livrarem da “depressão da crise”.
Também acho que não podemos tomar o todo pela parte e, como tal, convém lembrar que a maior parte dos atletas está a dar o seu melhor e a despedir-se com dignidade e outros há que ainda estão em prova e necessitam do nosso apoio.
Por outro lado, como podem estes atletas ter outra postura quando vêem alguns futebolistas e treinadores ganharem balúrdios para andarem a tratar da sua vidinha enquanto o povo português os glorificava sem se lembrar que existem muitos mais atletas em Portugal.
E, finalmente, hoje é dia de celebrarmos a medalha de prata da Vanessa Fernandes.
Mas, nada disto pode ser impeditivo de lembrarmos que ganhar e perder é desporto, que saber perder é tão importante como saber ganhar e que os Jogos Olímpicos deveriam ser o símbolo do desportivismo. Logo, comentários como os que descrevi acima são inaceitáveis.