março 11, 2008

Do geral para o particular... do filosófico para o banal!

Por vezes decidimos que queremos mudar e fazer qualquer coisa de diferente.

Então tomamos um rumo que não é o usual. E vamos todos contentes quando de repente algo ou alguém se mete na nossa frente e nos atrapalha aquele caminho que fazíamos tão bem lançados. Já não podemos continuar com a mesma pressa e percebemos que não vamos chegar ao nosso destino e atingir o nosso objectivo com a rapidez que pensávamos.

Ficamos aborrecidos e zangados. Protestamos e reclamamos. Depois, se já andamos nestas coisas há algum tempo, pensamos que o melhor é relaxar, acalmar e aproveitar o momento. Olhamos à nossa volta e vimos pormenores que nunca vimos ou descobrimos algo que procurávamos há muito.

Hoje decidi ir para casa pela Sé em vez de seguir por baixo. Ia no meu caminho toda contente quando o Eléctrico 28 se meteu à minha frente, parou e não saía da frente. Percebi que não ia chegar a casa tão cedo.

Fiquei aborrecida e fartei-me de reclamar com o 28. Depois, como já ando nisto do trânsito há muito tempo, decidi acalmar e aproveitar o momento. Olhei à minha volta e reparei em pormenores da rua que nunca tinha visto e, lá num cantinho, descobri um café do qual já muito me falaram e ainda não tinha encontrado.

No trânsito como na Vida… :D

Hoje parti do geral para o particular, do filosófico para o banal! :D

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei muito do teu post, mas como gosto de picar...e fosse no Porto?

A leitura que fazemos do entorno nem sempre é assim tão degustativo...

Não vejo banalidade nenhuma na observação dos pormenores numa rua...isso é uma abertura muito profunda...

Obrigado por estes momentos de reflexão.

março 12, 2008 1:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois é, passamos a vida tão concentrados nas nossas rotinas que nem nos damos conta que há outras coisas, mesmo debaixo do nariz!

Tudo está em nós; só depende de nós, ver...

março 12, 2008 2:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Olhamos à nossa volta e vimos pormenores que nunca vimos ou descobrimos algo que procurávamos há muito."

Há pouco tempo disse a uma pessoa que apesar de nos vermos há anos, ele para mim era como a máquina do totoloto: está ali, sim, até é uma máquina gira, ponto, serve para registar o totoloto.

E um dia, assim, de repente... vio-o de maneira diferente, ele viu-me também.

Mas não acho, Zeni, que tudo esteja em nós... não acho que andasse tipo distraída...

Acho que às vezes há uma intervenção do destino para que vejamos as coisas que estavam debaixo do nosso nariz, na hora certa. Como se os astros ficassem todos alinhadinhos para que fosse, naquela altura em que abrimos os olhos e vemos, a altura realmente certa! Porque se calhar se fosse antes era cedo, se fosse depois era tarde!


beijinhos
Fati

março 13, 2008 10:34 da manhã  
Blogger Alex.B said...

O melhor da vida é o pormenor, a mudança a alternativa que por força do habito só buscamos em ultimo caso!
5 dias por semana, 4 semanas por mês, 12 meses por ano e já fazem 8, faço o mesmo caminho de manhã e à noite na ida e volta do trabalho! Infelizmente se mudar a rota perco muito tempo e por isso não o faço!
Penso que já decorei todas as particularidades deste caminho.
Tenho sorte de ter uma paisagem muito variada. Cidade, verde, aldeia e até o Palácio da Pena consigo avistar em dias pouco nublados.
Quanto à aplicação da regra ao resto, ás emoções, ás relações, ás atitudes do dia-a-dia, torna-se cada vez mais difícil não entrar na rotina, mas tenho tentado ser original em cada passo que dou.
Quando li Sé e 28 no teu texto os meus olhos brilharam! Minha rica Alfama!!! Sorte a tua por teres o privilégio de aproveitar essa rota cheia de detalhes graciosos! Sempre que posso vou até Alfama e absorvo cada cm que percorro a pé.
Bj

março 14, 2008 4:08 da tarde  
Blogger Atractor Estranho said...

Muito bom!
gostei desta... :)
Beijoca boa princesa

março 19, 2008 9:31 da manhã  

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