Liberdade de Expressão.
Hoje, mais do que em muitos outros dias, urge perguntarmo-nos o que é a Liberdade de Expressão e quais os seus limites.
Sou filha e neta de jornalistas e admiro imenso a profissão. Adoro ouvir o meu Avô a contar histórias da Censura: de como ele tinha que levar os textos para serem aprovados, da ginástica que se fazia para que determinadas coisas passassem no crivo do “lápis vermelho”, já vi imensas notícias riscadas e com comentários idiotas ao lado. Enfim, histórias de: como era viver num tempo em que não havia liberdade de expressão.
Por sentir muito amor à Liberdade e achar que todos têm direito a exprimirem-se já tive problemas. Não admito que se corte a palavra, escrita ou verbal, a ninguém. Mas há um limite que me imponho sempre: a minha liberdade termina onde começa a dos outros. Outro ponto muito importante a ter em conta é o facto de que a minha realidade não é igual à do meu vizinho.
Tudo isto por causa da recente polémica com as caricaturas de Maomé. Será justo andarem a publicar-se umas caricaturas que humilham uma religião e um povo? Não se pode admitir que porque dizemos o que pensamos alguém nos ameace de morte mas, para provarmos uma ideia, temos o direito de humilhar os outros?
Já todos sabemos que o António desenhou o Papa com um preservativo no nariz e que, apesar de alguns se terem revoltado, não houve nenhuma grande crise. Mas porque nós não nos sentimos com determinadas coisas os outros também não se podem sentir? E será um preservativo no nariz tão humilhante como as caricaturas que por aí circulam? E identificar uma religião com todos os radicais dessa religião será justo?
Na minha opinião, não é a liberdade de expressão por si só que está aqui em causa. Está também em causa o amor e respeito pelo próximo!
Sou filha e neta de jornalistas e admiro imenso a profissão. Adoro ouvir o meu Avô a contar histórias da Censura: de como ele tinha que levar os textos para serem aprovados, da ginástica que se fazia para que determinadas coisas passassem no crivo do “lápis vermelho”, já vi imensas notícias riscadas e com comentários idiotas ao lado. Enfim, histórias de: como era viver num tempo em que não havia liberdade de expressão.
Por sentir muito amor à Liberdade e achar que todos têm direito a exprimirem-se já tive problemas. Não admito que se corte a palavra, escrita ou verbal, a ninguém. Mas há um limite que me imponho sempre: a minha liberdade termina onde começa a dos outros. Outro ponto muito importante a ter em conta é o facto de que a minha realidade não é igual à do meu vizinho.
Tudo isto por causa da recente polémica com as caricaturas de Maomé. Será justo andarem a publicar-se umas caricaturas que humilham uma religião e um povo? Não se pode admitir que porque dizemos o que pensamos alguém nos ameace de morte mas, para provarmos uma ideia, temos o direito de humilhar os outros?
Já todos sabemos que o António desenhou o Papa com um preservativo no nariz e que, apesar de alguns se terem revoltado, não houve nenhuma grande crise. Mas porque nós não nos sentimos com determinadas coisas os outros também não se podem sentir? E será um preservativo no nariz tão humilhante como as caricaturas que por aí circulam? E identificar uma religião com todos os radicais dessa religião será justo?
Na minha opinião, não é a liberdade de expressão por si só que está aqui em causa. Está também em causa o amor e respeito pelo próximo!
5 Comments:
Não vi as caricaturas, por isso não posso opinar sobre elas, em particular.
Em termos genéricos, acho que cada um é livre de publicar o que quiser, mas é claro que há que respeitar os outros. E o problema começa aí. Haverá sempre quem se sinta desrespeitado, mesmo que a intenção não tenha sido essa.
Nós portugueses estamos habituados a ser alvo de gozação nas anedotas. Nós próprios inventamos essas anedotas. Do nosso perfil cultural faz parte um certo sentido de humor que nos permite apreciar e aceitar certas críticas. Assim como os ingleses. As séries de comédia inglesas são um exemplo vivo disso. Mas e os muçulmanos, por exemplo? Será que o seu perfil cultural permite-lhes aceitar caricaturas sem se sentirem desrespeitados ou ofendidos?
Sim...para mim acho é muito ténue a linha entre a nossa liberdade e a dos outros. Acho piada que se faça um certo humor sobre determinados assuntos...Mas acho inadmissivel (não sei se foi o caso) é que se exponham os outros ao ridiculo, seja pela condição religiosa, social, politica, sexual ou qualquer outra!
E o que sinceramente penso é que cada vez mais se ultrapassa essa linha entre as liberdades!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Na base das religões (como eu as entendo) deve estar o Amor, por si e pelo próximo.
A minha achega à discussão é esta:
se o Muçulmanos gozam de um dos valores das sociedades ocidentais - liberdade e tolerância religiosa - por que não usufruírem também de outros dos direitos (sim é um direito) - o do Humor, o do gozo, sem que por isso fiquem os seus valores fundamentais postos em causa.
Caso contrário, virão todas a intolerâncias extremistas seguintes (não exclusivas de algum Islão; os Cristãos e outros também as tiveram...): o direito a ser Ateu/Agnóstico; o direito a professar outra religião; o direito a...
Eu gostava era de ver as caricaturas..., pois estou cada vez mais intolerante com a intolerância muçulmana!
Alguém sabe onde se vê isso?
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