setembro 29, 2005

Cuba

Há o país onde nascemos e que amamos (nem todos…) e aqueles que um dia visitamos e por ele nos apaixonamos. Para mim, é o caso de Cuba.

Entrar em Cuba é entrar num mundo surrealista, é entrar numa outra dimensão, completamente diferente de tudo aquilo a que estamos habituados.

Em Cuba evitei ao máximo os circuitos turísticos e misturei-me com o seu Povo. Dormi nas suas casas e “senti-me em casa”. Comi nas suas salas e senti que estava a partilhar a sua vida. Andei nos seus carros e senti que estava a viver uma experiência única. Ou seja, durante 12 dias vivi em Cuba.

As casas em Havana: estão velhas e a cair mas conseguimos ter a perfeita noção de como seriam antes de chegarem a esse ponto. Não se pense, no entanto, que estão sujas ou que é incómodo entrar nelas. Na realidade podemos entrar em qualquer casa e sentirmo-nos bem, confortáveis e seguros.

O ambiente: a alegria, a música e a dança são uma constante! Nos bares, cafés, restaurantes, hotéis ou, simplesmente, na rua, podemos assistir à actuação de inúmeros grupos que tocam maravilhosamente e dão uma cor e uma alegria que nunca encontrei em mais lado nenhum! A Casa de la Música no centro de Havana tem sempre um espectáculo para nos oferecer, normalmente, com muito boa salsa. A Casa de la Trova em Santiago de Cuba é um lugar “mágico” onde por vezes chegamos a pensar que pode entrar pela porta, e começar a tocar as suas lindas músicas, o nosso querido Compay Segundo.

As pessoas: Lindas! Simpáticas, cordiais, divertidas, alegres, e, apesar de todas as dificuldades, felizes! Sempre prontas a dar dois dedos de conversa, a quererem saber de onde vimos, o que fazemos, como vivemos, o que já visitamos e o que queremos visitar. Sempre dispostas a levarem-nos a um local qualquer que acham bonito e interessante visitar! É certo que têm dificuldades e que, como tal, nos tentam vender sempre qualquer coisa, ou pedem uma bebida, ou recebem as suas comissões em alguns locais onde nos levam. Mas quem lhes pode querer mal se essa é a sua grande fonte de subsistência?! Assim, os cubanos deixaram-me saudades: Oscar e Elsa, os anfitriões; Loly e toda a sua família, os amigos queridos; Ioannis e o seu par, os professores de salsa e pares perfeitos de dança; Juan Carlos, o trovador de Santiago de Cuba; Sailin, Isabel e Tainera, as meigas meninas do Malecon e tantos, tantos outros dos quais não me lembro dos nomes mas de quem nunca me hei-de esquecer!

Havana é sedutora, Santiago de Cuba é mística! Cuba é um sonho que espero poder voltar a visitar e conhecer o tanto que ficou por conhecer! A viagem foi linda e mostrou-me que há muito para viver e que para sermos felizes precisamos de bem menos do que pensamos!!

1 Comments:

Blogger OMAIA said...

Estou a ver que tenho de fazer a ponte entre a Salseira e o Sousa...

setembro 29, 2005 1:22 da tarde  

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