"I hope the Russians love their children too"
Lembram-se desta música do Sting?
Foi escrita na época da Guerra Fria que colocou de um lado os Americanos e os países ocidentais e do outro os Russos e os países de leste. Uma altura em que se temia uma Guerra Nuclear e que o que se servia de esperança de que tal não acontecesse era a dissuasão nuclear que levava a que cada um tivesse medo que o outro atacasse. Daí esta letra porque, partindo do princípio que os Russos também amavam os seus filhos, não haveria guerra porque se temeriam as consequências futuras.
Agora estamos a chegar ao mesmo ponto. Com a possibilidade do Irão desenvolver o seu armamento nuclear, talvez a única solução possível passe por uma nova dissuasão nuclear. Ou seja, que o Irão não ataque com medo de ser atacado.
E a frase faz de novo sentido: “Espero que os Iranianos também amem os seus filhos”.
Mas fará mesmo?
Não tenho dúvida que os Iranianos amam os seus filhos. Mas as culturas são diferentes, a forma de encarar a Vida e a Morte também. E um Iraniano, com o radicalismo que lhes conhecemos, não poderá desejar Bem maior para o seu filho do que morrer como Mártir.
3 Comments:
Muito pertinente, a tua questão...
Eu sou pacifista por natureza...
Como tal, e para manter a paz, tratando-se de gente que é imprevisível e perigosa, haveria de fazer-se como os israelitas geralmente fazem: bombarda em cima das centrais e dos laboratórios, para atrasar a coisa pelo menos mais dez anos!
Acontece é que desta vez o negócio parece estar mais bem escondido, e disseminado - oxalá alguém acerte, ainda assim...
Fiquei com este post na cabeça.
É de facto assustador.
Mas os mártires do islão, como eles o entendem, não são as pessoas que practicam uma acção considerada "necessária", que serve um determinado objectivo, sabendo que se o fizerem serão mortos e que o fazem voluntariamente? Será que a população do Irão voluntariar-se-á para morrer num ataque nuclear?
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