outubro 31, 2006

Antes que cases Ve la o que fazes

Sem acentos para nao pendurar o blogger...

Oh, Mama (Funny)

Funny Advertisement of a certain Cleaning Spray

outubro 26, 2006

Uma Experiência Diferente


No último fim-de-semana tive uma experiência diferente e marcante. Tão marcante que só agora consegui o distanciamento necessário para a poder descrever (acho e espero…).

Estive num Workshop de dois dias de Souldrama e Psicodrama Transgeracional. Estes métodos baseiam-se no princípio de que durante a nossa vida repetimos padrões familiares inconscientemente que derivam de situações traumáticas ou de situações em que ainda há assuntos pendentes a serem resolvidos com familiares de gerações anteriores. Defendem também que através da libertação desses mesmos padrões podemos tornar-nos mais livres, mais auto-conscientes, com mais auto-estima e, consequentemente, mais alegres. O Psicodrama permite-nos utilizar técnicas que nos ajudam nessa libertação. O Souldrama permite-nos um alinhamento entre o Ego e a Alma, algo que (para alguns de nós) é cada vez mais importante e premente.

Esta breve explicação (que espero não contenha muitas incorrecções) na realidade diz muito pouco do que pode ser uma experiência como a que eu e mais algumas pessoas vivemos no Sábado e no Domingo. Porque para perceber é preciso vivê-la… não há palavras que possam descrever as emoções que se sentem, o Amor que se sente, os impactos que se sofrem, a imensa Alegria que todos sentimos por estar ali!

Já há algum tempo que faço Psicodrama e nunca estive tão presente em nenhuma sessão como estive este fim-de-semana. Nunca senti aquilo que senti agora e que, muito sinceramente, achava impossível sentir. Fui confrontada com coisas do passado remoto e do passado recente que me mostraram como ainda há coisas que já estão resolvidas, como há outras e a resolver e como é possível fechar portas para abrir portões!

Sei que para muitos este discurso é estranho e não vão perceber grande coisa mas não quis deixar de partilhar o que senti. Quem gosta de mim há-de pelo menos gostar de saber que eu me sinto feliz! E quem sabe alguns não se interessam em saber mais…

Obrigada à pessoa que permitiu que eu conhecesse tudo isto e que me tem acompanhado neste processo de mudança que tenho sentido. Estou-lhe profundamente agradecida e ela nunca sairá do meu coração. (Só não revelo o seu nome porque não sei se é do seu interesse).

outubro 23, 2006

Tapem os ouvidos, por favor.

AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!

Ufa! Estava mesmo a precisar! :)

outubro 19, 2006

Para perceberes porque gosto tanto de Cuba! (publicado por mim neste blog em 29/09/2005)

Há o país onde nascemos e que amamos (nem todos…) e aqueles que um dia visitamos e por ele nos apaixonamos. Para mim, é o caso de Cuba.

Entrar em Cuba é entrar num mundo surrealista, é entrar numa outra dimensão, completamente diferente de tudo aquilo a que estamos habituados.

Em Cuba evitei ao máximo os circuitos turísticos e misturei-me com o seu Povo. Dormi nas suas casas e “senti-me em casa”. Comi nas suas salas e senti que estava a partilhar a sua vida. Andei nos seus carros e senti que estava a viver uma experiência única. Ou seja, durante 12 dias vivi em Cuba.

As casas em Havana: estão velhas e a cair mas conseguimos ter a perfeita noção de como seriam
antes de chegarem a esse ponto. Não se pense, no entanto, que estão sujas ou que é incómodo entrar nelas. Na realidade podemos entrar em qualquer casa e sentirmo-nos bem, confortáveis e seguros.

O ambiente: a alegria, a música e a dança são uma constante! Nos bares, cafés, restaurantes, hotéis ou, simplesmente, na rua, podemos assistir à actuação de inúmeros grupos que tocam maravilhosamente e dão uma cor e uma alegria que nunca encontrei em mais lado nenhum! A Casa de la Música no centro de Havana tem sempre um espectáculo para nos oferecer, normalmente, com muito boa salsa. A Casa de la Trova em Santiago de Cuba é um lugar “mágico” onde por vezes chegamos a pensar que pode entrar pela porta, e começar a tocar as suas lindas músicas, o nosso querido Compay Segundo.

As pessoas: Lindas! Simpáticas, cordiais, divertidas, alegres, e, apesar de todas as dificuldades, felizes! Sempre prontas a dar dois dedos de conversa, a quererem saber de onde vimos, o que fazemos, como vivemos, o que já visitamos e o que queremos visitar. Sempre dispostas a levarem-nos a um local qualquer que acham bonito e interessante visitar! É certo que têm dificuldades e que, como tal, nos tentam vender sempre qualquer coisa, ou pedem uma bebida, ou recebem as suas comissões em alguns locais onde nos levam. Mas quem lhes pode querer mal se essa é a sua grande fonte de subsistência?! Assim, os cubanos deixaram-me saudades: Oscar e Elsa, os anfitriões; Loly e toda a sua família, os amigos queridos; Ioannis e o seu par, os professores de salsa e pares perfeitos de dança; Juan Carlos, o trovador de Santiago de Cuba; Sailin, Isabel e Tainera, as meigas meninas do Malecon e tantos, tantos outros dos quais não me lembro dos nomes mas de quem nunca me hei-de esquecer!

Havana é sedutora, Santiago de Cuba é mística! Cuba é um sonho que espero poder voltar a visitar e conhecer o tanto que ficou por conhecer! A viagem foi linda e mostrou-me que há muito para viver e que para sermos felizes precisamos de bem menos do que pensamos!!

outubro 16, 2006

«Havana - cidade perdida».


Este filme merece ser visto. É um filme com uma outra perspectiva da História ou, melhor ainda, que tenta mostrar as duas perspectivas da História, o que eu acho que é bem conseguido.

É um filme emocionante pela música, pela dança, pelas imagens e pela história.

É um filme que nos mostra como o Povo Cubano tem sido sucessivamente traído, traição essa que não me parece que chegue ao fim com a morte de Fidel.

É um filme que conta uma história de amor daquelas que acho que até o Miguel Esteves Cardoso concordaria que merece ser chamada de história de amor.

É um filme que conta a história de um homem que sem perder a sua dignidade nunca deixa de lutar por si e, principalmente, por aqueles que ama.

É um filme que me fez chorar porque senti, mais uma vez, uma saudade enorme de Cuba (eu devo ter sido cubana numa outra re-encarnação... só assim se pode explicar este sentimento).

É um filme que me faz pensar nos valores económicos, sociais e políticos que têm sido os meus ao longo da minha vida, embora eu continue a acreditar neles e a achar que o seu grande problema é não levar em linha de conta o Homem e a sua natureza.

Soneto da Fidelidade















De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Vinicius de Moraes

outubro 12, 2006

Emoções...

Hoje ao almoço vi um casal de idade a almoçar e emocionei-me...

Talvez porque me lembrei dos meus avós maternos a almoçarem juntos, coisa que é pouco provável que volte a acontecer...

Mas também me soube bem ver pessoas de idade que ainda podem ir a restaurantes e usufruir de uma boa refeição. Enquanto um se deleitava com uma boa salada o outro comia com prazer uma pasta italiana!

Confesso que me perdi por algum tempo a vê-los comer...

outubro 05, 2006

Deixar correr... :)

Às vezes sabe bem deixar correr a Vida e aproveitar todos os bons momentos que ela nos traz.

Não levantar dúvidas existenciais, não fazer perguntas, não se preocupar com o que pode vir a acontecer ou não.

Aproveitar uma dança, uma conversa, um momento.

Deixar correr e viver o momento, o aqui e o agora!

outubro 02, 2006

PARABÉNS!!!

Muitos parabéns à minha mana que é uma das pessoas que eu mais amo!!!!

ELOGIO AO AMOR - Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém seapaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se poruma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estãoali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porquefaz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo deantemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-sesócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amortransformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez dese apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto deconversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistascomo os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas decantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas,alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores doromance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, ocusto, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração eque nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, apancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro datortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance,gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. Éessa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode comonão pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é paranos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanharum bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, nãoé um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amornão se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem sesente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar acorrer atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão ébonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. Oamor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor émais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, pormuito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que senos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não estalá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e nãose ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amornão. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.



outubro 01, 2006