janeiro 31, 2006














Estrela da Tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!


José Carlos Ary dos Santos

janeiro 30, 2006

Ainda o apanhamos!...











...
- E aqui tens tu uma existencia d'homem! Em dez annos não me tem succedido nada, a não ser quando se me quebrou o phaeton na estrada de Saint-Cloud..: Vim no Figaro.
Ega ergueu-se, atirou um gesto desolado:
- Falhámos a vida, menino!
- Creio que sim... Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é falha-se sempre na realidade aquella vida que se planeou com a imaginacão. Diz-se: «vou ser assim, porque a belleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquez. Ás vezes melhor, mas sempre differente.
Ega concordou, com um suspiro mudo, começando a calçar as luvas.
O quarto escurecia no crepusculo frio e melancolico d'inverno. Carlos pôz tambem o chapéo: e desceram pelas escadas forradas de velludo côr de cereja, onde ainda pendia, com um ar baço de ferrugem, a panoplia de velhas armas. Depois na rua Carlos parou, deu um longo olhar ao sombrio casarão, que n'aquella primeira penumbra tomava um aspecto mais carregado de residencia ecclesiastica, com as suas paredes severas, a sua fila de janellinhas fechadas, as grades dos postigos terreos cheias de treva, mudo, para sempre deshabitado, cobrindo-se já de tons de ruina.
Uma commoção passou-lhe n'alma, murmurou, travando do braço do Ega:
- É curioso! Só vivi dois annos n'esta casa, e é n'ella que me parece estar mettida a minha vida inteira!
Ega não se admirava. Só alli no Ramalhete elle vivera realmente d'aquillo que dá sabôr e relevo á vida - a paixão.
- Muitas outras coisas dão valor á vida... Isso é uma velha idéa de romantico, meu Ega!
- E que somos nós? exclamou Ega. Que temos nós sido desde o collegio, desde o exame de latim? Romanticos: isto é, individuos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão...
Mas Carlos queria realmente saber se, no fundo, eram mais felizes esses que se dirigiam só pela razão, não se desviando nunca d'ella, torturando-se para se manter na sua linha inflexivel, sêccos, hirtos, logicos, sem emoção até ao fim...
- Creio que não, disse o Ega. Por fóra, á vista, são desconsoladores. E por dentro, para elles mesmos, são talvez desconsolados. O que prova que n'este lindo mundo ou tem de se ser insensato ou semsabor...
- Resumo: não vale a pena viver...
- Depende inteiramente do estomago! atalhou Ega.
Riram ambos. Depois Carlos, outra vez sério, deu a sua theoria da vida, a theoria definitiva que elle deduzira da experiencia e que agora o governava. Era o fatalismo musulmano. Nada desejar e nada recear... Não se abandonar a uma esperança - nem a um desapontamento. Tudo aceitar, o que vem e o que foge, com a tranquillidade com que se acolhem as naturaes mudanças de dias agrestes e de dias suaves. E, n'esta placidez, deixar esse pedaço de materia organisada, que se chama o Eu, ir-se deteriorando e decompondo até reentrar e se perder no infinito Universo... Sobretudo não ter appetites. E, mais que tudo, não ter contrariedades.
Ega, em summa, concordava. Do que elle principalmente se convencera, n'esses estreitos annos de vida, era da inutilidade do todo o esforço. Não valia a pena dar um passo para alcançar coisa alguma na terra - porque tudo se resolve, como já ensinára o sabio do Ecclesiastes, em desillusão e poeira.
- Se me dissessem que alli em baixo estava uma fortuna como a dos Rothschilds ou a corôa imperial de Carlos V, á minha espera, para serem minhas se eu para lá corresse, eu não apressava o passo... Não! Não sahia d'este passinho lento, prudente, correcto, seguro, que é o unico que se deve ter na vida.
- Nem eu! acudiu Carlos com uma convicção decisiva.
E ambos retardaram o passo, descendo para a rampa de Santos, como se aquelle fosse em verdade o caminho da vida, onde elles, certos de só encontrar ao fim desillusão e poeira, não devessem jámais avançar senão com lentidão e desdem. Já avistavam o Aterro, a sua longa fila de luzes. De repente Carlos teve um largo gesto de contrariedade:
- Que ferro! E eu que vinha desde Paris com este appetite! Esqueci-me de mandar fazer hoje para o jantar um grande prato de paio com ervilhas.
E agora já era tarde, lembrou Ega. Então Carlos, até ahi esquecido em memorias do passado e syntheses da existencia, pareceu ter inesperadamente consciencia da noite que cahira, dos candieiros accêsos. A um bico de gaz tirou o relogio. Eram seis e um quarto!
- Oh, diabo!... E eu que disse ao Villaça e aos rapazes para estarem no Braganza pontualmente ás seis! Não apparecer por ahi uma tipoia!...
- Espera! exclamou Ega. Lá vem um «americano», ainda o apanhamos.
- Ainda o apanhamos!
Os dois amigos lançaram o passo, largamente. E Carlos, que arrojára o charuto, ia dizendo na aragem fina e fria que lhes cortava a face:
- Que raiva ter esquecido o paiosinho! Emfim, acabou-se. Ao menos assentamos a theoria definitiva da existencia. Com effeito, não vale a pena fazer um esforço, correr com ancia para coisa alguma...
Ega, ao lado, ajuntava, offegante, atirando as pernas magras:
- Nem para o amor, nem para a gloria, nem para o dinheiro, nem para o poder...
A lanterna vermelha do «americano», ao longe, no escuro, parára. E foi em Carlos e em João da Ega uma esperança, outro esforço:
- Ainda o apanhamos!
- Ainda o apanhamos!
De novo a lanterna deslisou, e fugiu. Então, para apanhar o «americano», os dois amigos romperam a correr desesperadamente pela rampa de Santos e pelo Aterro, sob a primeira claridade do luar que subia.

Os Maias, Eça de Queiroz

janeiro 27, 2006

Mozart

janeiro 26, 2006

O Acaso

Qual o papel do “acaso” da nossa Vida?

Será que o que nos acontece, as pessoas que conhecemos, as coisas que fazemos têm mão do “acaso”? Ou será que o “acaso” não existe?

Eu acho que o “acaso” não existe! Acho que tudo o que nos acontece na Vida tem uma razão de ser. As pessoas que fazem parte do nosso percurso ou que vamos encontrando ao longo do percurso não existem por acaso. As coisas acontecem de determinada forma porque era assim que fazia sentido. São aquelas pessoas, com aquelas características, porque faz sentido que assim seja.

Para mim, tudo tem uma razão e tudo faz parte de uma aprendizagem.

Cabe-nos a nós descobrir o que precisamos de aprender e como podemos aprender com o que acontece na nossa Vida.

janeiro 25, 2006

Só em português...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor, português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido,porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente,pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo,poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar.. Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.

(autor desconhecido, recebido por e-mail...)

janeiro 24, 2006

O prometido é devido...





janeiro 20, 2006

A minha alarvidade...



A política é, também, um lugar de memória e de afectos.
Desde os meus catorze anos, permanentemente até hoje, tenho visto este homem expor-se, lutar, empenhar-se, dar a cara...
Sem medo de ganhar, e muito menos de perder, Mário Soares é um daqueles homens que nasceram com talento e alma para moldar e transformar a realidade de todos nós, e os paradigmas do "bem comum" - e essa é a essência nobre da Política, a qual está hoje enxameada de gente menor que se adapta e se esconde na "realidade", em vez de perseguir o sonho.
Ter a coragem de perder, aos 81 anos, é uma prova de grandeza e de juventude.
E é uma última lição "institucional" à esquerda deste país.
Esta esquerda aparenta ignorar que a escolha, simbólica, do primeiro dos portugueses, tem tudo a ver com a estruturação moral, política e cultural da nossa cidadania.
E faz de conta de que não sabe que esse combate nunca é para perder - nem para ser travado por segundas figuras...
Mário Soares, muito provavelmente, vai perder estas eleições no próximo Domingo.
E eu vou perder com ele.

Mais algumas alarvidades... ou nem tanto assim...

Hoje é o último dia para se dizerem alarvidades sobre os candidatos, né?

Assim, vou aproveitar para dizer mais duas coisitas.

Para começar gostaria de informar que eu não voto Cavaco Silva, não gosto do homem e não me parece que dê um bom Presidente da República. Dito isto, fazem-me confusão as razões que têm sido dadas pelos outros candidatos para não votarmos no candidato da direita.

Apresentam-no como uma ameaça à democracia. Como se o facto de ele ganhar as eleições fosse transformar Portugal numa ditadura. Ora eu pergunto: se um qualquer político quiser transformar este país numa ditadura isso é possível? Assim sem mais nem menos? Qualquer pessoa pode chegar ao Poder e transformar 30 anos de Democracia em NADA? É preocupante!

A outra questão que quero levantar é a questão das sondagens. Eu penso que as sondagens não são uma coisa muito positiva. As pessoas não deveriam necessitar de sondagens para saberem em quem votar. Cada um vota em quem quiser e não deve ter em linha de conta o que os outros vão fazer. E todos devemos votar independentemente de quem está à frente na corrida. Na minha modesta opinião, as sondagens influenciam de duas formas: por um lado, influenciam ao dar indicação de quem vai à frente e, por outro, levam a uma maior abstenção quando se dão candidatos como vencedores ainda antes de todos termos ido às urnas!

E pronto! Já falei de assuntos alárvico-políticos em quantidade suficiente. Espero dedicar-me agora a assuntos mais agradáveis!

janeiro 19, 2006

Alarvidades

Ora bem, escrever alarvidades sobre os candidatos… mmmm… ok, tentemos!

Mas por que candidato começo? Se começo pelo que está em 1º nas sondagens, o que está em 2º (Ou será 3º? Ou será 2º? Ou… Ou…) dirá que estou a favorecer o 1º. Se começo pelo 2º, 3º, 2º, 3º ele diraá que, como são alarvidades, o estou a prejudicar.

O melhor será não falar de nenhum candidato específico… pelo menos para já… Falemos da própria campanha. Foi esclarecedora? Muitos dirão que não. Eu digo sim! Definitivamente sim!

Ficámos a saber que não é preciso dizer nada sobre nenhum assunto importante para se estar no 1º lugar das sondagens. Aliás, ficámos a saber que o melhor é não dizer mesmo nada! Ficámos a saber que a idade não tira genica mas tira paciência e bonomia. Ficámos a saber que candidaturas independentes até podem conseguir bons resultados mesmo que se seja um desastre em debates. Ficámos a saber que há figuras que pertencem a um determinado partido, são sua propriedade e ninguém deve invocar o seu nome em vão! Fiquei eu a saber que sobre um dos candidatos não tenho nada a dizer… Ora, tendo em vista o que disse dos outros… se calhar este é que tem sorte!

janeiro 18, 2006

Ópera do Malandro

A Ópera do Malandro vai estar outra vez em Portugal. Em Março, de 10 a 18 no Coliseu de Recreios em Lisboa e de 23 a 25 no Coliseu do Porto, poderemos voltar a ouvir lindas músicas do Grande Chico Buarque!

Este texto não é nada parcial! É que o Chico é mesmo Grande: grande autor e grande cantor! E a Ópera do Malandro faz bem à alma!

Ok… provavelmente nem todos gostam de Chico Buarque. Eu, por exemplo, nem sempre gosto do Chico escritor. Mas adoro o Chico cantautor! Não tenho dúvidas que tem a ver com o facto de ter passado a minha infância e juventude a ouvir boa música brasileira. Obrigada Tia Regina e Tio João!

Quando ouço boa música brasileira fico com a alma lavada!

Fui ver a Ópera do Malandro o ano passado e adorei. Fez-me voltar à minha infância ao recordar músicas que conhecia tão bem. A companhia também foi perfeita e espero ter lhe transmitido algum do meu amor à obra do Chico!

Quem não foi ver, e gosta de Chico Buarque, não perca esta oportunidade… ainda há bilhetes!

Manifesto Eleitoral

Estamos quase em eleições e apeteceu-me fazer um manifesto eleitoral!

Não, não vou pedir que votem em mim! Nem, muito menos, pedir que votem em outro qualquer (para pedir para votarem em alguém… seria em mim).

O meu manifesto eleitoral vai no sentido de pedir, unicamente, que votem! Acredito que este blog seja visitado apenas por cidadãos conscienciosos a quem não passaria pela cabeça não ir votar… mas… nunca se sabe!

Quem não vai votar diz que não o faz porque não gosta de nenhum candidato. Eu digo que quem não vai votar é porque não está para sair de casa num Domingo quando pode ficar a ver a nossa maravilhosa televisão!

Quem não gosta de nenhum candidato que vá lá e não coloque nada no boletim. Assim, a sua opinião conta! E, principalmente, não entra para a percentagem dos “gajos(as) preguiçosos(as) que não sabem para que serviu o 25 de Abril”!

Quem não concordar comigo… paciência… passe ao próximo post! J

Amadeo, porque me apeteceo...

janeiro 16, 2006

Livre de copyright...

Trila na noite uma flauta. É de algum
Pastor? Que importa? Perdida
Série de notas vaga e sem sentido nenhum,
Como a vida.

Sem nexo ou princípio ou fim ondeia
A ária alada.
Pobre ária fora de música e de voz, tão cheia
De não ser nada!

Não há nexo ou fio por que se lembre aquela
Ária, ao parar;
E já ao ouvi-la sofro a saudade dela
E o quando cessar.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

Tal Filha tal Mãe - conclusão boa de um concerto memorável, há nove dias atrás, no Coliseu...


janeiro 06, 2006

A melhor do ano sobre sexo...

Uma senhora pergunta ao médico:

- Doutor, sexo anal engravida?

Responde o médico:

- Mas claro, minha senhora!

De onde pensa que vem a maioria dos nossos políticos?